Carlos Gonçalves é um emblema da delegação da GH em Portugal. Comercial desde o ano de 2003, é um dos artífices do êxito da GH no país. Apesar da sua experiência, continua a desfrutar do seu trabalho e celebra cada nova grua que vende como se fosse a primeira. Ficamos a conhecê-lo melhor nesta interessante entrevista.
Qual é a sua formação e onde trabalhou antes de se juntar à equipa da GH em Portugal?Embora seja português, a minha família emigrou para a África do Sul quando eu era jovem e foi aí que comecei os meus estudos. Curiosamente, a minha primeira formação é literária, dado que me matriculei em línguas germânicas. Antes de terminar, regressei a Portugal e comecei a trabalhar numa fundição portuguesa como comercial. O meu conhecimento da língua alemã ajudou-me muito a vender na Alemanha. E, de facto, doze anos depois passei a trabalhar para uma fundição alemã-suíça. Lá, vendia peças para uma empresa que era concorrente da GH, e o conhecimento que adquiri com isso ajudou a GH a confiar-me a posição de comercial na sua delegação portuguesa em 2003.
Qual foi a sua primeira impressão da GH?
A minha primeira impressão foi muito positiva. Pareceu-me uma empresa muito familiar, mas, ao mesmo tempo, altamente profissional. Sente-se um grande respeito pelos trabalhadores e todos me acolheram estupendamente. No meu caso, o Victor Guerra foi de uma grande ajuda e uma pessoa muito importante na minha fase inicial. Nessa altura, não havia grupos de formação como existem atualmente, e ele era o responsável pela formação e por prestar auxílio em tudo o que fosse necessário.
«Victor Guerra foi de uma grande ajuda e uma pessoa muito importante na minha fase inicial».
Chegou quando a delegação de Portugal dava os seus primeiros passos. Quais eram os vossos objetivos?
Desde que abrimos a delegação, ficou claro para nós que queríamos ser líderes de mercado. Para tal, sabíamos que era fundamental contar com uma equipa de montagens e assistência, e uma equipa de vendas. Graças a isto, juntamente com a qualidade e os preços competitivos da GH, conseguimos rapidamente uma grande aceitação no mercado e expandimos a marca por todo o país.
Como é o mercado português? O que é que mais valoriza entre os produtos da GH?Antigamente, as empresas centravam-se no preço. Hoje, felizmente, valorizam outros aspetos, como a qualidade ou os tempos de execução. Na GH Portugal, temos uma capacidade produtiva superior à da concorrência. De facto, muitas vezes os nossos clientes não acreditam que sejamos tão rápidos e eficientes nos nossos tempos de execução.
Por outro lado, Portugal é um exportador nato de moldes e ferramentas para mercados como o alemão ou o norte-americano. São mercados muito exigentes e a qualidade das nossas gruas permite-lhes estar à altura.
Como suportaram as crises ao longo destes anos: a de 2008, a da pandemia…?
Como a grua é um produto que pode ser utilizado em muitas indústrias, apesar das crises, sempre mantivemos níveis de venda muito semelhantes. Mesmo que haja uma indústria em crise, haverá sempre uma indústria que não está em crise e que se torna numa nova oportunidade para nós. Além disso, felizmente, cada vez mais empresas em todas as indústrias estão a tomar consciência da importância de uma grua para melhorar a sua produtividade.
A atual pandemia também não nos afetou no que respeita a números. Um fator que nos ajudou a manter esses números é o facto de agora sermos tão conhecidos. Atualmente, é frequente serem as empresas a procurar-nos e não o contrário.
«Como a grua é um produto que pode ser utilizado em muitas indústrias, apesar das crises, sempre mantivemos níveis de venda muito semelhantes»
Então, o objetivo de se tornarem líderes foi atingido? Quem são os vossos clientes mais importantes?
Um exemplo do crescimento da GH ao longo dos anos são as gruas instaladas na zona de Aveiro, o terceiro ou quarto distrito industrial mais importante do país. Quando comecei, só havia uma grua da GH instalada em todo o distrito. Hoje em dia, estão instaladas 154 gruas e apenas uma é da concorrência.
Temos clientes muito importantes distribuídos por todo o país. Como disse anteriormente, em Portugal destaca-se a indústria de moldes e ferramentas, mas também temos clientes importantes noutras indústrias, como a do granito ou da energia eólica, por exemplo.
E, a nível pessoal, qual é o seu objetivo para este ano?
Eu gosto sempre de vender um pouco mais do que no ano anterior, embora nem sempre seja possível. Seja como for, o meu objetivo é sempre o de manter os mesmos níveis de vendas. O que é certo, é que gosto muito de vender gruas. É por isso que, apesar de vender gruas há mais de dez anos, quando vendo uma celebro-o como se fosse a primeira grua que alguma vez vendi na minha vida. E, se não o fizer, fico chateado. Em casa, a minha família diz-me sempre para parar de falar de gruas. Sou apaixonado pelo meu trabalho.
«Apesar de vender gruas há mais de dez anos, quando vendo uma celebro-o como se fosse a primeira grua que alguma vez vendi na minha vida.»
Para concluir, para além das vendas, o que destacaria de todos estes anos na GH?
A relação humana com os meus colegas e com as pessoas que trabalham na GH em Espanha. Como português, tem-se sempre dúvidas quanto a começar a trabalhar para uma empresa que não é do nosso próprio país, mas cedo percebi que na GH eles são pessoas de palavra e de grande qualidade humana. É por isso que muitos de nós trabalhamos para eles há tanto tempo.